O que faz falta.....
PORTUGAL está sem rumo.É, sem dúvida, uma afirmação corriqueira, principalmente depois da colagem de alguns cartazes políticos, mas continua a ser verdadeira. Tal como o continuará a ser depois das eleições de 20 de Fevereiro independentemente do partido que ganhe as eleições e da personalidade que for convidada a formar Governo.
De repente o Português, para além de ser médico, advogado e treinador de bancada, passou a ser perito em Economia, Finanças Públicas, Segurança Social, Políticas Educativas e um infindável rol de outras especialidades. Todos querem dar o seu palpite sobre tudo. Todos querem impor o seu interesse individual ao interesse do País.
A acessibilidade da informação e a velocidade com que esta é divulgada (ou se procria e se divulga a si própria) conduz-nos, cada vez mais, a um overload cerebral, à total anulação do espaço e do tempo, concentrado uma tendencialmente infindável quantidade de dados nos limitados 10% de cérebro que conseguimos utilizar. Aquilo de que nos esquecemos é que para se opinar sobre determinada matéria é insuficiente ler a opinião que outros têm sobre a mesma. É necessário que nos debrucemos sobre a informação disponível e efectuemos uma análise crítica, de um ponto de vista externo e mantendo, acima de tudo, uma postura ética que nos permita uma opinião isenta.
‘Falta cumprir-se Portugal’ como dizia o Poeta. Mas para tal é necessária a ruptura com a forma de pensar e, sobretudo, de estar e de agir actualmente maioritária neste nosso cantinho à beira mar plantado.
Quanto a Portugal estar sem rumo…. fiquem descansados. Quando ambos os candidatos a primeiro ministro passaram pelo crivo Bilderberg podemos por de lado as nossas dúvidas e anseios. As caras são diferentes mas as políticas serão certamente as mesmas e, directa ou indirectamente, os ‘beneficiários do Estado’ continuarão a ser os mesmos.
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