eu sou aquilo que Sou
parte IEu sou aquilo que Sou.
Não sou a casa onde moro.
Não sou o automóvel que conduzo.
Não sou as roupas que visto, nem os amigos que me rodeiam.
Eu sou aquilo que Sou.
Só quando realizares isto, começará a tua existência a ter sentido.
OM SHANTI SHANTI SHANTI
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parte II
mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, mudam-se os blogs
Este blog nasceu de uma postura inconformista perante o caminhar actual do mundo. Surgiu de um sentimento de revolta que, progressivamente, foi tomando conta de mim e que se exteriorizou desta forma.
Ao longo do tempo em que o fui alimentando, a envolvente externa foi-se modificando mas também eu me modifiquei.
Realizei que a opção pela simples exposição crítica e sistemática das falhas da nossa sociedade, assente numa postura de observador externo dessa realidade, peca por isso mesmo; pelo distanciamento criado e pela atitude julgadora assumida.
Pelo caminho esquecemo-nos que somos parte integrante da sociedade e do mundo e que, ao criticarmos estes, indirectamente, nos criticamos a nós sem nada fazermos para nos modificarmos.
O segredo reside em nos sabermos aceitar tal qual somos no nosso intimo, na nossa verdadeira Natureza; em sermos como a água que tudo envolve e que a tudo se adapta. Tudo o que é externo à nossa essência é maya, ilusão, criada pelos nossos primários sentidos.
Da percepção deste facto decorre que este blog, pela sua origem, deixou de ter significado.
Assim, e com um formal pedido de perdão aos leitores que fui ganhando ao longo do tempo, dou por terminado este ciclo.
Se este blog desaparecerá ou se se modificará a razão da sua existência ainda é cedo para responder. Só o tempo traz todas as respostas. Mas o tempo é circular…
Até lá, convido-vos a visitar a minha página de fotografia.
OM SHANTI
2 Comments:
Azul Fogo, esta mensagem é dirigida a Luna (na impossibilidade de um "anónimo" deixar mensagm no "A cruz e o crescente", deixo-a aqui na expectativa de ser entregue).
Obrigado!
"Encontrei o seu espaço ao pesquisar a palavra "Baktashi", vindo do estudo sobre o estranho Sebottendorf, o Glauer referido por Nicholas Goodrick-Clarke que tanto cita (Fev2006). Dedico-me a entender, ou dar entendimento, à minha intuição de estar o Islamismo subestimado na sua importância nos bastidores da história recente (últimos séculos) - sobretudo no que concerne ao seu "esoterismo", os Sufis (ainda que anteriores ao Islão em si). Creio que a sofisticação da espiritualidade que lhe é subjacente e as prácticas que dela decorrem, vêm sendo apresentadas no nosso ocidente como novidades quando, em rigor, não só já foram recicladas (e alvitradas) pelo nazismo como por fontes menos suspeitas - a intelectualidade portuguesa fala de mundo imaginalis, por ex, sem lhe atribuir o devido crédito (misticismo iraniano, via Henry Corbin)... tendo apercebido sobriedade, independência e alguma sintonia com este meu intento neste seu espaço, venho solicitar-lhe sugestões. (li "As Brumas de Avalon" em adolescente e julguei já estar além das obras que lhe seguiram, neste preconceito só perdi - obrigado por me ter desiludido - amanhã vou adquirir "O Coração de Avalon").
Agradecido,
Rogério Fonseca"
Azul Fogo, obrigada por me ter feito chegar a mensagem. Vou, entretanto, copiá-la para o meu blog, se não se importa.
Bom fim-de-semana.
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