Eu sou aquilo que Sou. Não sou a casa onde moro. Não sou o automóvel que conduzo. Não sou as roupas que visto, nem os amigos que me rodeiam. Eu sou aquilo que Sou. Só quando realizares isto, começará a tua existência a ter sentido.
segunda-feira, janeiro 30, 2006
quarta-feira, janeiro 25, 2006
estes alemães são doidos!!!...
De acordo com esta notícia, existe uma firma na Alemanha em que, contratualmente, os empregados estão proibidos de se queixar / resmungar e outras coisas do género no local de trabalho… excepto se essa situação for acompanhada de algum comentário construtivo sobre a forma de ultrapassar a origem da queixa.
O objectivo da medida é criar uma energia positiva que propicie um bom ambiente de trabalho e ajude a aumentar a produtividade.
É sem dúvida uma ideia a ter em conta pelas empresas Portuguesas que se queixam da reduzida produtividade dos seus colaboradores…
segunda-feira, janeiro 23, 2006
e esta hem?!...
Flagrante de Mário Soares às 20:00:01 de 22 de janeiro de 2005...
mais palavras para quê?
(um muito obrigado ao criador da expressão que dá título a este post pelo contributo que deu ao jornalismo e à vida de simples espectadores como eu)
O eclipse de Mário Soares
Análise publicada no Diário Económico on-line e que reflecte o pensamento da maioria dos Portugueses.
Presidenciais 2006 > 2006-01-23 06:30 |
Mário Soares, fundador da democracia portuguesa, primeiro primeiro-ministro saído de eleições e primeiro Presidente da República civil eleito após Abril de 1974, terminou ontem sem glória uma carreira política que o tinha levado a todos os altos cargos de eleição.
Terceiro classificado numa eleição presidencial, depois de ter cumprido dois mandatos em Belém, o segundo dos quais obtido numa campanha que foi um autêntico passeio pela avenida, Soares saiu duplamente derrotado das eleições presidenciais de 2006. Não evitou a eleição de Cavaco Silva, seu arqui-rival durante a coabitação de 1985-95, e foi batido no campo da esquerda por Manuel Alegre.
Soares já tinha recebido uma lição quando se candidatou com alguma arrogância à presidência do Parlamento Europeu e foi batido por uma “dona de casa”. Agora foi batido no seu campo político por um candidato sem apoio e sem aparelho partidário. Talvez Soares pensasse que bastava aparecer para arrastar multidões e eleitores. Não foi isso o que aconteceu. E Soares acaba por sair de cena pela esquerda baixa.
Mário Soares entrou de rompante nas eleições presidenciais, depois de Manuel Alegre manifestar a sua disposição para se candidatar. Diga-se que, em 1996, Soares também tentou evitar a candidatura de Jorge Sampaio. Mas aí não podia, como agora, meter-se a si próprio no cenário das eleições. Desta vez podia e foi o que fez, por iniciativa própria ou a pedido da direcção do PS, o que não ficou definitivamente esclarecido.
Resta a Mário Soares uma única consolação, na hora do eclipse. A de não estar sozinho nesta humilhante derrota, envolvido com a direcção do PS. Depois de perseguir o fantasma de uma candidatura de António Guterres, de querer criar uma candidatura de António Vitorino, a direcção do PS agarrou-se à ilusão da candidatura de Mário Soares. Dizia Manuel Alegre, nos últimos dias da campanha, que os socialistas teriam uma escolha muita séria a fazer nestas eleições.
Grande parte dos eleitores socialistas escolheu Alegre. Mas a direcção do PS escolheu a derrota absoluta, com o terceiro lugar de Mário Soares. Para a direcção do PS o único motivo de alívio deve ter sido a vitória de Cavaco Silva à primeira, evitando o embaraço de uma indicação de voto para uma segunda volta.
sexta-feira, janeiro 20, 2006
Poema em linha reta
Poema em linha reta
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Álvaro de Campos
o meu obrigado a Dunca por me ter chamado a atenção para este poema de Álvaro de Campos / Fernando Pessoa que, indubitavelmente, reflecte a realidade Portuguesa tal como o fazia quando o vate lusitano o escreveu…
quinta-feira, janeiro 19, 2006
Mário Soares e a teoria da conspiração
Mário Soares, o mais recente adepto Português das teorias da conspiração, revela-se de corpo e alma (tanta quanta a sua faceta laica lhe permite ter!) nesta entrevista dada ao Diário Económico.
Entrevista a Mário Soares > 2006-01-16 06:30 |
Grupos de comunicação, jornalistas, empresas de sondagens, escutas: Mário Soares e a ‘conspiração’ para eleger Cavaco Silva.
Na sua última entrevista antes das presidenciais, Soares fala num projecto de poder que começa com Cavaco em Belém.
Sente que os portugueses estavam preparados para o ter de volta?
Eu nunca saí do cenário político, nunca estive a fazer política dentro do partido...
Mas a pergunta era se os portugueses estariam preparados para essa reentrada na vida política activa.
As reacções que as pessoas têm comigo são as mais simpáticas. De uma maneira geral, esmagadora, as pessoas abraçam-me, beijam-me, acham que estou jovem, bonito (risos). E em toda a parte do país. Evidentemente que há umas pessoas que dizem umas bocas: “Você vendeu Angola”; ou que eu tinha pisado uma bandeira. Esses é que estão há 40 anos atrás, não sou eu.
Essas pessoas com que tem contactado, que dizem estar consigo, estarão dispostas a votar em si?
Eu espero que sim, mas isso é o que se vai ver no momento das eleições. Eu não comento nem me guio por sondagens.
Ainda ontem o ouvimos falar de sondagens, quando Cavaco Silva desceu dois pontos, dizendo-se impressionado...
...Não, não, não. E não me impressiona nada, não é por isso. O que acho é que isso confirma, de alguma maneira, aquilo que eu penso. Mas há aqui um fenómeno que me faz alguma espécie. É este: porque é que as sondagens são tão desiguais e tão contraditórias entre si? Menos num ponto: o dr. Cavaco Silva aparece sempre acima da faixa dos 50%. Aparece. Mas aparece com as extrapolações que fazem, não em números brutos. Essas extrapolações têm muito que se lhe diga.
Sabe que o português é uma pessoa astuta! Veja: hoje apareceu essa coisa das escutas telefónicas, mas já há muito tempo se falava nas escutas telefónicas. E aparece um homem a falar para sua casa, para um número fixo. E quem atende, a primeira ideia que tem, é: “Este tipo tem o meu número de telefone, sabe quem eu sou. Estou identificado”. E o outro diz-lhe: “Diga lá em quem é que vai votar?”. E ele pensa: “Vou dizer o politicamente correcto. Não me vá chatear...”
Acha que as pessoas têm...?...
...Acho!
...Medo de dizer que não votam em Cavaco Silva?
...Não é medo...
Ou que preferem não dizer...
...Podem preferir.
Mas terão medo de quê? De retaliações?
As pessoas às vezes têm medo de coisas que não se vêm a fazer. Não queira ler isto em traço grosso, faça uma interpretação fina do que estou a dizer. Não há medo na sociedade portuguesa, há é emoção. Mas há alguma coerência. Porque há pessoas que perdem o emprego, que sabem que o emprego é muito precário. Não me diga que não tem em conta que isso é uma possibilidade e que se perder o emprego tem dificuldades em encontrar?
Considera que os jornalistas estão condicionados nesta campanha? É isso?
Não. Acho que existirem três grupos ou quatro que dominam todo o panorama da imprensa é qualquer coisa que pode condicionar os jornalistas. As pessoas têm filhos, têm família, têm outras coisas...
Pergunta directa: tivemos legislativas há 10 meses, José Sócrates teve maioria absoluta, Santana Lopes queixava-se do mesmo que o dr. Soares hoje...
...Eu não me queixo, nunca me queixei! Faço reparos para os senhores reflectirem. E não é por mim - todos os candidatos de esquerda estão nesta posição e há um só que é o privilegiado. E isso é um facto! Não podem negar isso! Vai ser um objecto de estudo, porque não é normal numa sociedade que é maioritariamente de esquerda. Como é que de repente voltou à direita?! Está convencido disso só por causa das sondagens?! Vamos ver!
Acredita que esses mesmos meios de comunicação social, que diz terem tanta influência, também favoreceram a eleição de Sócrates?
A minha resposta é muito simples: sabe que a situação estava tão degradada, nesse momento, que isso explica a vitória do PS...
A pergunta era se esses meios de comunicação estiveram...
...Não, nessa altura não estiveram porque não estavam interessados no primeiro-ministro que havia. E esses mesmos meios achavam que ele os prejudicava.
Ele, Santana Lopes?
Sim.
E portanto, nesse caso, responde afirmativamente? Sócrates teve esse apoio, desses mesmos meios?
Não, não teve apoio nenhum. Era a única alternativa possível, a única que havia. Porque é que há um certo descontentamento com o Governo actual? Há ou não há? Pergunto-lhe!
Pelas sondagens é difícil de dizer...
...Mas há. Há um certo descontentamento. Têm sido tomadas medidas que angustiam certos portugueses. A propósito dos reformados, a propósito de outras coisas. Não obstante, o eng. José Sócrates não desce nas sondagens. É porque não há uma alternativa à direita. Se o líder do partido [do PSD, Marques Mendes] é escondido, se o outro partido [CDS] é o outro e se aceita ser o outro... o que é que quer? Não acha que isto tudo é estranho? Em democracia normal, é estranhíssimo! Não querer ver isto é não querer ver aquilo que se está a passar, neste momento, na sociedade portuguesa. Eu estou a avisar. Posso não ser entendido, mas estou a avisar.
O PAÍS QUER QUE HAJA UMA VITÓRIA À PRIMEIRA VOLTA
Quem pode trazer mais instabilidade ao país? Cavaco Silva ou Manuel Alegre?
Essa pergunta está armadilhada, não lhe quero responder...
Manuel Alegre, se for (ou mesmo que não seja) Presidente, vai atrapalhar de alguma maneira o caminho de José Sócrates?
Penso que - nessa hipótese para mim absurda - atrapalharia muito menos do que Cavaco Silva.
Ainda tem esperança de passar à segunda volta?
Tenho esperança de passar à segunda volta, estou mesmo convencido de que isso vai acontecer. A segunda volta vai ser a grande surpresa destas eleições.
Acredita que está num momento de viragem?
Acredito que existem momentos em que as pessoas começam a perceber as coisas. Tem a ver com as informações contraditórias que as pessoas têm, com toda a campanha que foi feita, as pessoas de repente começam a pensar... Quando as eleições são muito difíceis, como há muita gente indecisa até aqui, é possível que hajam surpresas. Se o dr. Cavaco Silva não for eleito à primeira volta, perde necessariamente as eleições. E isso é uma das coisas mais importantes que há nesta eleição: é que o país está convencido de que Cavaco não ganha à segunda volta e por isso é que quer que haja uma vitória à primeira - o que é absolutamente contraditório: se ele não serve para a segunda, como é que serve para a primeira?
“CAVACO ESTÁ A SER UTILIZADO PARA UM PROJECTO DE PODER”
Estava a falar em descontentamento com o Governo. Num artigo que assinou em Fevereiro, na Visão, dizia que estavam criadas condições para assegurar uma vitória de um candidato à esquerda nas presidenciais. O que mudou?
A tal pressão da comunicação social...
Como é que justifica isto? Se o vê, é porque vê também alguma intenção...
Já vos falei de Berlusconi. Como é que um homem de grande fortuna começa a comprar a comunicação social quase toda, através dela chega ao poder, e depois domina a comunicação social estatizada. E hoje a Itália está no embaraço que se conhece. Ele fez isso consciente, Cavaco não está a fazer consciente, está a ser utilizado para. O que é diferente.
Está a ser utilizado com que intenção? Um projecto de poder?
Claro, é óbvio.
Pelo “cavaquismo”?
Exactamente, pelo que se chama vagamente cavaquismo. Que é uma atitude de uma certa arrogância em relação aos outros e ao poder, uma certa conflitualidade social.
Essa descrição que faz de Cavaco é a mesma que muitos fazem de José Sócrates.
...Por partidários dele [Cavaco]. José Sócrates está a sacudir isso e ninguém o ouve.
Mas ainda ontem o ouvi dizer que o Governo actual precisava de explicar melhor as medidas. A pergunta é se Sócrates tem capacidade de diálogo, formação humanista.
Eu rectifiquei a minha posição sobre o primeiro-ministro. Porque achava que era uma pessoa da escola de Guterres e acho que é o anti-Guterres. Sócrates corta a direito.
Corta a direito sem explicar bem as medidas.
Às vezes, até agora, tem explicado pouco algumas. Se explicasse melhor, teria ainda mais êxito do que tem. Acho que Sócrates está a dar provas de ser um grande primeiro-ministro.
Com uma visão humanista?
Com uma visão humanista, social, que eu julgava que não tinha tanto, mas tem. Porque eu não o conhecia bem.
Deixe-me voltar a Cavaco Silva. Acha que ele tem um projecto de poder? Que quer levar Ferreira Leite ou António Borges até ao poder?
Não sou capaz de lhe responder a essa pergunta. Eu conheço o dr. Cavaco Silva do tempo que convivi com ele e não faço ideia disso. O que sei é que ele quer ser Presidente. Não sei porquê...
...Ele diz que é pela crise, a mesma razão que o dr. Soares.
Admito que seja uma boa razão. Mas ele candidata-se com apoios, por trás dele está o cavaquismo que tem uma imagem no país. Isso é uma memória. Ele tenta apagar essa memória, mandando para baixo da mesa as pessoas que não têm estado presentes com ele. Há pessoas que foram grandes apoiantes dele e que têm importância na campanha dele, mas que cuidadosamente nunca apareceram. Não vou falar em nomes.
Mas não é disso que se trata. É que ele está convencido que se duas pessoas estiverem de boa fé têm que ter necessariamente a mesma ideia. Não têm! Porque as pessoas são diferentes e há muitas considerações que interferem no processo de decisão, dos racionais aos emotivos. Se ele lesse os livros do meu apoiante António Damásio ele perceberia isso, mas certamente nunca os leu.
“OS PORTUGUESES VÃO ESTAR MELHOR EM 2009”
No debate com Cavaco justificou ter sido mais interventivo face ao Governo dele a partir de 1993, em plena crise, com o clima de irritação dos portugueses face ao Governo...
E podia estar indiferente ao buzinão? Às operações da polícia a baterem num padre na Marinha Grande e aos trabalhadores? Quando ele dizia que o PR e os sindicatos eram uma força de bloqueio?
Mas a questão é esta: se no final deste mandato os portugueses estiverem tão irritados com Sócrates como estavam com Cavaco, faria um novo “Portugal que Futuro?”, por exemplo?
Não sei, não lhe posso responder a uma situação aleatória e futura.
Acabou de nos dizer que hoje os portugueses estão algo incomodados com medidas do Governo...
Sim, mas vão estar melhor nessa altura, porque nessa altura José Sócrates já explica melhor e porque nessa altura já está feito aquilo que é preciso ser feito.
E se a economia estagnar?
Isso também não será culpa dele. Se a economia não cresce, a culpa não é dele. É, em primeiro lugar, dos empresários, depois do mundo do trabalho, se as partes envolvidas não se entenderem. Não é o Governo que faz mexer a economia, senão quando tem meios para exercer uma política neo-keinesiana a sério, o que não é o caso, dado que o eixo do Estado está tão descarnado...
...Porquê? Por causa da UE?
Não, porque grande parte foi para os privados e algumas vezes para outro país. Portugal perdeu os sectores estratégicos fundamentais.
“O ‘ESTADO ROSA’ É UMA BRINCADEIRA DE CRIANÇAS”
Cavaco Silva disse ao DE que o Governo deveria rever a lei das nomeações para a administração pública, porque mudou a lei no mau sentido - partidarizando mais essa administração - ao fazer com que os directores-gerais caiam automaticamente quando cai um Governo.
Nunca houve tanta partidarização da máquina do Estado como na altura do “Estado laranja”. O “Estado rosa”, se quiser, é uma brincadeira de crianças. Em princípio genérico, acho que os grandes cargos da Administração Pública devem ser ocupados por pessoas que lá cheguem pela competência.
Os directores-gerais?
Sobretudo os directores-gerais.
Devem chegar lá como? Por concurso, nomeação?
Em geral, por concurso público e pela competência. Deve-se prestigiar a fundo o funcionalismo público.
Cavaco diz que o Governo deve repensar essa lei, que refez há seis meses.
Um PR não tem o direito de pedir a um Governo em público que repense o que fez. Se eu lhe disser “tem que fazer isto”, é a melhor maneira de não a fazer - porque não quer que digam que está às minhas ordens. É a minha diferença.
“CAVACO E SÓCRATES PODEM DAR FAÍSCA”
Um seu amigo, Karl Popper, falava muito nos ‘checks and balances’...
É uma teoria norte-americana, muito boa, que diz que os poderes devem estar distribuídos...
...E a pergunta era se os portugueses hoje, com a primeira maioria absoluta socialista, não sentirão a necessidade de ter alguém que faça o ‘check and balance’.
Não, não. Porque o PR que seja eleito e que tenha independência, crítica e moral, como é o meu caso, pode ser do PS, mas se houver decisões do PS que estejam contra a sua consciência, contraria-as necessariamente. Quem dissolveu a AR contra a opinião do PS fui eu.
Mas nunca ninguém o ouviu, nessa altura, dizer de Constâncio o que hoje diz de José Sócrates.
O quê?
Que ele é um excelente primeiro-ministro, que é muito melhor do que imaginava...
Ouviu-me fazer grandes elogios a Vítor Constâncio, ainda recentemente.
As circunstâncias, hoje, são diferentes.
Primeiro, ele nunca foi primeiro-ministro. Nunca o critiquei enquanto foi secretário-geral do PS, até critiquei mais José Sócrates. Acho que Constâncio é um extraordinário economista, grande homem de bem, foi um excelente ministro das Finanças de um Governo meu e é um excelente governador do Banco de Portugal.
E foi um bom líder do PS?
Não, não foi. Se me faz a pergunta, eu não falo por eufemismos nem me refugio no silêncio. Respondo-lhe: não, de facto não foi.
A distinção é essa: hoje diz que Sócrates é um excelente líder do PS e um excelente primeiro-ministro. E as pessoas podem não sentir esse seu distanciamento.
Pode dar-se o caso de eu me estar a enganar e é possível que amanhã... não sou uma pessoa que não se engane, cometo erros. Mas a teoria dos ‘checks and balances’ é, em português, a teoria dos ovos nos mesmos cestos. Essa teoria, que eu defendi, foi invalidada pelo dr. Sampaio - que é socialista e tem sido PR com governos socialistas e sem problema nenhum.
Essa relação correu bem, por exemplo, durante a governação de Guterres?
Não me consta que tenha havido nada de grave entre eles, bem pelo contrário.
O grau de exigência colocado a esse Governo foi suficiente? O que Cavaco está a tentar dizer é que colocará essa pressão de exigência sobre Sócrates.
Dada a personalidade de ambos, essa exigência pode dar faísca, conflito institucional grave. E não acredito que os portugueses o queiram.
Mário Soares, candidato à Presidência da República
quarta-feira, janeiro 18, 2006
PORTUGAL no seu melhor #02
O conceito Português de segurança no local de trabalho... e ainda há quem se admire dos acidentes que ocorrem na construção civil!segunda-feira, janeiro 16, 2006
o (dito) Plano Tecnológico
Uma das grandes bandeiras da campanha eleitoral do PS prepara-se para absorver parte significativa dos fundos europeus. Simultaneamente, o mesmo Plano Tecnológico é criticado por quem de direito, sendo apontada, mais uma vez, a insuficiência de estudos como uma das principais pechas também desta meta do Governo (tal como o verificado nos megalómanos projectos da Ota e do TGV),
Projectos desenvolvidos em cima do joelho e com base na velha máxima do ‘prá frente é que é o caminho’ e ‘quem vier atrás que feche a porta’ afundam cada vez mais este nosso PORTUGAL.
sexta-feira, janeiro 13, 2006
put your head on my shoulder
“Put your head on my shoulder”
Put your head on my shoulder
Hold me in your arms, baby
Squeeze me oh so tight
Show me that you love me too.
Put your lips next to mine, dear
Won't you kiss me once, baby
Just a kiss good-night
Maybe you and I will fall in love.
People say that love's a game
A game you just can't win.
If there's a way I'll find it some day
And then this fool will rush in.
Put your head on my shoulder
Whisper in my ear baby
Words I want to hear tell me
Tell me that you love me too.
Put your head on my shoulder
Whisper in my ear baby
Put your head on my shoulder.
justiça à Portuguesa
(no expresso on line de 12 de Janeiro de 2006)
Casa Pia
Processo pode ter de voltar ao início
E eu que pensava que a preocupação da justiça deveria ser julgar para determinar a culpa ou inocência.
Afinal os tribunais perdem-se em questões processuais desde que se tenha dinheiro suficiente para os levar por esse caminho...
Também, pouco se estranha! Sendo as leis feitas em causa própria, é natural que se dê aos membros da classe a possibilidade de ganharem alguns euros enrolando os processos o tempo suficiente para que estes prescrevam.
quinta-feira, janeiro 12, 2006
avião vs. tgv
Se as ‘low cost’ conseguem voar para Madrid a estes preços, quem é que vai pensar em ir de TGV?!....(original)
Vueling lança ligação Lisboa/Madrid com preço promocional de 10 euros mais taxas
A companhia aérea Vueling anunciou um novo voo de ligação entre Lisboa e Madrid, com um preço promocional de 10 euros mais taxas a partir de 20 de Fevereiro. A empresa prevê transportar 80 mil passageiros nesta nova rota em 2006.
Sara Antunes
A companhia aérea Vueling anunciou um novo voo de ligação entre Lisboa e Madrid, com um preço promocional de 10 euros mais taxas a partir de 20 de Fevereiro. A empresa prevê transportar 80 mil passageiros nesta nova rota em 2006.
A Vueling anunciou hoje a inauguração da rota Lisboa/Madrid, depois de assegurar que a ligação já existente entre Lisboa e Barcelona está «a ter sucesso».
O preço do bilhete do novo voo será inicialmente de 10 euros, mais taxas, disse fonte oficial da empresa. Mais tarde a tarifa média deste percurso passará a custar 30 euros mais taxas, de acordo com a mesma fonte.
A empresa «espera transportar nesta nova rota 80 mil passageiros em 2006», através de 600 voos, segundo um comunicado enviado. Durante o ano passado «mais de 50 mil passageiros viajaram com a Vueling nos 400 voos operados entre Barcelona e Lisboa, inaugurados em Maio», de acordo com a mesma fonte.
terça-feira, janeiro 10, 2006
Qualidade de informação
Experimentem fazer as contas ao número de deputados do parlamento da Ucrânia de acordo com esta notícia publicada hoje no Público On Line (ver 2º parágrafo).
Executivo de Iuri Iekhanurov criticado pelos deputados
Gás: Governo da Ucrânia dissolvido após acordo com a Rússia
10.01.2006 - 14h19 AP
O Parlamento ucraniano aprovou hoje uma resolução que determina a dissolução do Governo do país, após o acordo firmado com a Rússia sobre o preço dos abastecimentos de gás para este ano.
No passado dia 4, o Governo da Ucrânia aceitou pagar 230 dólares (190 euros) por mil metros cúbicos de gás proveniente da empresa Gazprom, um preço idêntico ao praticado por muitos clientes europeus da empresa russa.
O anúncio do acordo foi feito depois de a Rússia ter interrompido o fornecimento de gás natural ao seu país vizinho, na sequência da rejeição ucraniana à pretensão russa de aumentar o seu preço mais de 400 por cento.
O Governo de Iekhanurov assumiu funções em Setembro do ano passado, substituindo o Executivo de Iulia Timochenko, uma das figuras-chave da "Revolução Laranja", que foi demitida pelo Presidente Viktor Iuschenko, após meses de conflito interno e denúncias de corrupção de parte a parte.
A ex-primeira-ministra esteve ao lado de Iuschenko na "Revolução Laranja", quando o então candidato da oposição contestou nas ruas a vitória fraudulenta de Ianukovich, apoiado pelo Presidente Leonid Kutchma.
'Abramoff broke, lonely, New York Times will report'
RAW STORY
Published:
sexta-feira, janeiro 06, 2006
Brasil em Portugal
(original no site do Público)
Instituto do Ministério da Justiça afasta dois responsáveis
06.01.2006 - 12h26 Lusa
O jornal acrescenta que o presidente do IGFPJ autorizou a contratação de Becker por sugestão do director do departamento da administração geral do instituto, Ernesto Moreira.
Em comunicado, o Conselho Directivo da IGFPJ informa que decidiu "cessar as comissões de serviço da dra. Neidi Becker e do dr. Ernesto Moreira".
Ernesto Moreira disse ao jornal que "não era preciso" ter aberto concurso, acrescentando que houve mais candidatos ao lugar.
Segundo o "Independente", o ordenado de Neidi Becker estava estabelecido em cerca de 1700 euros mensais. Antes de ter sido requisitada pelo IGFPJ, Neidi Becker era funcionária num restaurante no Centro Comercial Colombo, em Lisboa.
O IGFPJ sublinha no comunicado que Neidi Becker "não foi requisitada pelo ministro da Justiça ou qualquer outro membro do Governo", mas sim pelo instituto, que tem autonomia administrativa, financeira e patrimonial.
O Instituto de Gestão Financeira e Patrimonial da Justiça tem diversas competências, como o pagamento de vencimentos e abonos dos funcionários do Ministério da Justiça ou o controlo orçamental da Secretaria-Geral da Justiça.
olha a contenção orçamental
(original no site do PortugalDiário)
Banco de Portugal reforçou frota automóvel
2006/01/06 11:04
Com a compra de seis veículos topo de gama. Só no último ano e meio, entidade presidida por Vitor Constâncio gastou 1,2 milhões de euros com automóveis, quase tanto quanto gasta anualmente em salários (1,5 milhões)
O Banco de Portugal aumentou a frota automóvel com a compra de seis veículos topo de gama no mês de Dezembro, noticia a edição desta sexta-feira do INDEPENDENTE.
Segundo o jornal, o Banco de Portugal adquiriu três Volkswagen Passat, dois Audi A4, e um Mercedes classe E. O Independente afirma que, só no último ano e meio, o Banco de Portugal gastou 1,2 milhões de euros com a compra de 26 automóveis, valor próximo do que a instituição gasta anualmente em salários (1,5 milhões).
quinta-feira, janeiro 05, 2006
'US planning strike against Iran'
'US planning strike against Iran'.The United States government reportedly began coordinating with NATO its plans for a possible military attack against Iran.
The German newspaper Der Tagesspiegel collected various reports from the German media indicating that the North Atlantic Treaty Organization are examining the prospects of such a strike.
According to the report, CIA Director Porter Goss, in his last visit to Turkey on December 12, requested Prime Minister Recep Tayyip Erdogan to provide military bases to the United States in 2006 from where they would be able to launch an assault.
The German news agency DDP also noted that countries neighboring Iran, such as Saudi Arabia, Jordan, Oman, and Pakistan were also updated regarding the supposed plan. American sources sent to those countries apparently mentioned an aerial attack as a possibility, but did not provide a time frame for the operation.
Although Der Spiegel could not say that these plans were concrete, they did note that according to a January 2005 New Yorker report American forces had entered Iran in 2005 in order to mark possible targets for an aerial assault.
original no site do 'The Jerusalem Post'
o regresso de Sócrates
Depois do pequeno acidente suíço eis que Sócrates, com muletas, regressa a PORTUGAL.Finalmente temos um PM que reflecte a verdadeira situação do país. Entre as muletas dos subsídios da EU para isto ou para aquilo, lá nos vamos aguentando. Mas os joelhos estão fracos e, se a situação se mantiver, qualquer dia vamos ao chão…
os Republicanos e o lobbying
(original no Diário Económico on line de 5 de Janeiro de 2006)EUA > 2006-01-05 06:30
Escândalo de corrupção atinge partido de Bush
Nuno Guerreiro, nos EUA
Jack Abramoff, um influente lobbista próximo do Partido Republicano, admitiu ser culpado num processo de corrupção e evasão fiscal que ameaça chegar às mais altas esferas do partido do Presidente George W. Bush.
Abramoff é acusado de subornar membros do Congresso para obter favores legislativos em benefício dos seus clientes, entre os quais se contavam tribos índias, casinos e empresas telefónicas.“O esquema de corrupção com o senhor Abramoff era bastante amplo e nós continuaremos a investigar todas as suas ramificações”, afirmou ontem a vice-Procuradora Geral Alice Fischer, acrescentando que o caso envolve cerca de duas dezenas de congressistas e membros destacados da liderança do Partido Republicano. O alcance total das investigações é ainda desconhecido, mas as autoridades estão a passar a pente fino milhares de emails e correspondência que ligam Jack Abramoff a proeminentes congressistas do partido do Presidente, entre eles Tom DeLay, ex-líder da bancada republicana no Senado - ele próprio acusado num outro processo de corrupção e lavagem de dinheiro no Texas.
Segundo a edição de ontem do “New York Times”, Jack Abramoff negociou com o Ministério Público uma redução de pena de prisão - que poderá ir até 10 anos -, concordando em contar ao FBI os pormenores de subornos a membros do Congresso. De acordo com documentos do processo, citados ontem pelo “Times”, um dos casos concretos, por exemplo, refere-se a um assessor de Tom DeLay, que alegadamente terá ajudado a bloquear legislação contra casinos na Internet. Os documentos judiciais alegam que Abramoff terá pago 50 mil dólares (cerca de 42 mil euros) à mulher do referido assessor, um montante facultado por clientes do lobbista. Tom DeLay votou contra o pacote legislativo que tinha como objectivo facilitar o encerramento de sites de jogos de azar na Internet.
As ramificações políticas do caso Abramoff são cada vez mais evidentes, com a oposição do Partido Democrata apostada em fazer dele uma das bandeiras da campanha eleitoral para as legislativas intercalares deste ano. “A confissão de Jack Abramoff para nós não é nenhuma surpresa porque esta liderança republicana no Congresso é a mais corrupta da história da democracia americana e o povo está a pagar por isso”, acusou ontem Nancy Pelosi, líder da bancada do Partido Democrata na Câmara dos Representantes.
Entretanto, a Casa Branca, revelou que o Presidente George W. Bush irá doar à American Heart Association largos milhares de dólares provenientes de contribuições para a sua campanha de reeleição ligadas a Abramoff. Segundo os documentos da Comissão Federal de Eleições, Jack Abramoff recolheu mais de 100 mil dólares para os cofres da candidatura de Bush durante a campanha eleitoral de 2004.
Quem é Jack Abramoff
Considerado até há pouco tempo um dos mais poderosos e bem relacionados lobbistas de Washington, Jack Abramoff, de 48 anos, foi director do departamento de Assuntos Governamentais da firma Greenberg Traurig LLP, sediada em Miami, e consultor da empresa de relações públicas Cassidy & Associates, de Washington. É membro do Partido Republicano desde a década de 80.
quarta-feira, janeiro 04, 2006
citação #02
"O cobarde é uma pessoa que foge pra trás
o herói é uma pessoa que foge prá frente"
in 'O baú de Sigmund Freud', letra e música de Sérgio Godinho
segunda-feira, janeiro 02, 2006
A lembrança
Nada melhor para começar o novo ano do que recordar algumas poesias / canções que compõem o imaginário colectivo PORTUGUÊS.O idealismo e o inconformismo surgem como características quixotesca capazes de catalizar a mudança para um mundo melhor. Um mundo em que sejam efectivamente realizadas tentativas credíveis para uma harmoniosa convivência entre todos e em que o respeito pelo planeta TERRA ocupe um lugar de destaque nas preocupações daqueles que dependem dele para sobreviver e que, constantemente, o agridem das mais variadas formas.
Que 2006 seja um ano de mudança é o que eu gostaria de desejar a toda a Humanidade. Se isso for impossível, pelo menos que seja um ano de esperança.
Vampiros
No céu cinzento sob o astro mudoBatendo as asas pela noite calada
Vêm em bandos com pés veludo
Chupar o sangue fresco da manada
Se alguém se engana com seu ar sisudo
E lhes franqueia as portas à chegada
Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada
A toda a parte chegam os vampiros
Poisam nos prédios poisam nas calçadas
Trazem no ventre despojos antigos
Mas nada os prende às vidas acabadas
São os mordomos do universo todo
Senhores à força mandadores sem lei
Enchem as tulhas bebem vinho novo
Dançam a ronda no pinhal do rei
Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada
No chão do medo tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos na noite abafada
Jazem nos fossos vítimas dum credo
E não se esgota o sangue da manada
Se alguém se engana com seu ar sisudo
E lhe franqueia as portas à chegada
Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada
Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada
Trova do vento que passa
Pergunto ao vento que passanotícias do meu país
e o vento cala a desgraça
vento nada me diz.
Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.
Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.
Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.
Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.
Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.
E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.
Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.
Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).
Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.
E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.
Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.
E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.
Quatro folhas tem o trevo
liberdade quatro sílabas.
Não sabem ler é verdadea
queles pra quem eu escrevo.
Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.
E depois do Adeus
Quis saber quem souO que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.
Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder.
Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci.
E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...
E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós
Música: José Calvário
Letra: José Niza
Voz: Paulo de Carvalho